Diagnósticos difíceis e tratamentos questionáveis: a vida não espera!

Diagnósticos difíceis e tratamentos questionáveis: a vida não espera!


Ser uma pessoa forte e ir para onde quiser.

Este, pode ser o sonho de muitas pessoas que trilham a busca de um diagnóstico.

Adoecer é uma situação que não passa pela cabeça de ninguém. Mas, quando menos se espera, seu corpo parece não responder mais aos comandos de sua mente.

Ir de médicos a curandeiros; viajar de norte ao sul do país; parecem ser um calvário diário. E, para isso, existe um custo alto, tanto emocional, físico e financeiro.

A vida parece parar e virar, literalmente, de cabeça pra baixo.

São sonhos e planos que deixam de ser alinhados e sustentados. Famílias que se desestruturam na busca de um diagnóstico correto e tratamento que alivie a dor do filho(a) ou esposo(a).

Na série documental Doenças do Século 21, em 7 capítulos, na Netflix mostra a vida diária de pessoas com doenças crônicas com tratamentos difíceis. Para eles, a vida é dividida em antes e depois dos sintomas da doença. Passam a se adaptar aos novos contextos de vida e a família se torna em única e grande aliada.

Entre os personagens da série:

  • Carmen sente problemas em lugares com energia elétrica ou wifi;
  • Jake sofre com algo muito parecido com a Doença de Lyme, mas ninguém sabe dizer ao certo;
  • Star possui problemas de saúde que ninguém sabe quais e passa por tratamentos que custam dezenas de dólares….

São pessoas comuns que passam a viver situações desgastantes, desagradáveis e de incompreensão de sua existência. Momentos de cuidados intensos!

Neste ínterim, a comunidade médica parece não entender o que se passa com essas pessoas.

Para diminuir o trajeto em busca do diagnóstico, é importante que o paciente ou familiar forneça todas informações e história dos sintomas por meio de exames, laudos e documentos. Organização pode fazer toda diferença!

No Blog Raciocínio clínico, três médicos se reuniram para transmitir dicas aos pacientes sobre como ajudar o seu médico chegar mais próximo do diagnóstico correto.

Sabe-se que doenças com este perfil podem se afunilar para a investigação de uma doença rara.

Uma  doença rara, também referido como uma  doença órfã, é uma  doença que afeta uma pequena percentagem da população. 80% são genéticas, e, portanto, estão presentes ao longo de toda a vida do paciente, mesmo que os sintomas não aparecem imediatamente.

No sistema público de saúde, há muita diferença entre pessoas com doenças raras e pessoas com doenças comuns. Segue algumas desvantagens em relação ao tratamento:

Judicializar se torna a única solução.

Buscar tratamento de alto custo se torna outra etapa difícil e questionada nas vias judiciais.

O laudo médico passa não ser suficiente e o preço da vida entra em discussão nos tribunais. O sistema público de saúde refere que essas pessoas geram grave lesão a economia do país.

Quanto vale sua vida?

O custo da dificuldade de acesso ao tratamento recai sobre o paciente que não pode esperar.

Na série documental Doenças do Século 21, é notável o custo que o tratamento tem na família e ao paciente. Custo de ser excluído socialmente.

Fonte: Série documental "Doenças do Século 21", Netflix.

Agora, nesse exato momento, centenas de brasileiros estão vivendo situações semelhantes aos do personagem da série Doenças do Século 21.

A internet possibilita acesso fácil e rápido a todas informações no mundo. Porém, nada que uma conversa aberta e franca com seu médico para ajudá-lo a definir o melhor caminho.

Na minha vivência com doenças raras, é claro a mensagem que essas pessoas carregam: perseverança! Não desistir em momento algum, por mais difícil que pareça.

Fonte: Série documental "Doenças do Século 21", Netflix.

Todos lutam pelo direito de viver!

Geisa Luz

Leia o texto na íntegra no Blog Chez Luz:

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Geisa Luz

Tenho 37 anos, enfermeira, consultora científica em doenças graves, pós-doutora em saúde pública e escritora. Nos comentários abaixo, deixe sua opinião sobre o texto.

Abraços!

Flavio Peralta

Palestrante SIPAT-CIPA na AMPUTADOS VENCEDORES PALESTRAS SIPAT/CIPA | Palestrante com mais de 1.877Palestras

6y

Que artigo fantástica hein parabéns hein abraço do palestrante Flávio peralta amputados vencedores

Cabreira C N

Diretor de Tecnologia | Consultor | Palestrante | GetCom Consultant Owner

6y

Excelente seu texto Geisa, me inspirou a escrever minha luta pela cura da hepatite C na década de 90.

Maria Naiane

I help companies scale their processes and improve the efficiency of their management | Inbound and Outbound Specialist | Customer Success and Customer Experience | Sales | Marketing | RPA | Technology | Legal Operations

6y

Excelente artigo, parabéns pelas colocações. 

Tháfila A.

Entrepreneur, Business Architect, International Speaker and Mentor

6y

Esse é um assunto com muitos contrapontos, Geisa. Como saber o que realmente vai dar certo depois de tantas tentativas? É um momento em que se é preciso ter coragem e acreditar muito!

Tháfila A.

Entrepreneur, Business Architect, International Speaker and Mentor

6y

Continuar é sempre o que buscamos fazer, mas como aguentar sem saber quando isso tudo vai acabar? Não me sinto atraída pela série, mas lendo o artigo, as reflexões são inevitáveis... Sigamos em um caminho de cuidados com nossa mente e corpo para ficar o mais distantes de doenças possível! 

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