Toma lá, dá cá

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Há semanas, o noticiário econômico ronda em torno de especulações sobre as tarifas que seriam impostas pelos Estados Unidos às importações vindas de diferentes países. À frente de uma economia de quase US$ 30 trilhões (US$ 10 trilhões a mais do que a China, segunda maior economia do globo) e com a caneta na mão, Donald Trump deixou o mundo inteiro em compasso de espera. O anúncio veio na quarta-feira. A China recebeu uma das tarifas mais altas, de 34%, além dos 20% que Trump já havia imposto neste ano, elevando o total de novas taxas para 54%. Já o Brasil saiu como um beneficiado – ficou com a alíquota mínima de 10%.

A repercussão do mercado foi forte. Vamos começar com o que aconteceu lá fora. A primeira avaliação foi de que o tarifaço pode sair pela culatra: os EUA podem ser prejudicados pelas medidas. Com o aumento de taxas, os produtos importados ficarão mais caros para os consumidores norte-americanos, que já enfrentam uma inflação acima da média.

O objetivo de Trump com as tarifas é levar a indústria de volta ao território dos EUA, mas uma mudança estrutural como essa demora, depende também de outros fatores e não garante uma redução de custos no longo prazo. Afinal, as empresas tiraram suas fábricas de lá nas últimas décadas justamente para buscar custos mais baixos em outros países. Falou-se também no potencial recessivo da medida, tanto para os Estados Unidos quanto para a economia global, já que coloca um freio no comércio internacional.

Na sexta-feira, a China colocou um ingrediente a mais nesse caldo de incerteza. Em resposta a Trump, o país asiático anunciou tarifas de 34% a todos os bens importados dos Estados Unidos. Isso aumentou o temor quanto a uma recessão global e a uma escalada ainda maior da guerra comercial entre as duas potências.

O resultado de todo esse cenário aparece nos números: no acumulado de 1º de abril até o começo da tarde de sexta-feira, o índice Nasdaq (que reúne as ações das principais empresas de tecnologia) tinha queda superior a 9% e o S&P 500 (das maiores empresas listadas nos EUA) caía quase 8%.

Já no Brasil, dá para dividir a repercussão em dois momentos. Na quinta-feira, a avaliação foi de que o país saiu favorecido por Trump, com a menor alíquota entre todos os países e uma oportunidade de fortalecer os acordos comerciais com outros parceiros. Com isso, o Ibovespa B3 saiu ileso do ambiente global de aversão a risco e se manteve estável, enquanto o dólar caiu ao menor valor desde outubro passado. Mas na sexta-feira, a notícia da tarifa recíproca da China levou o otimismo embora. Perto do meio-dia, o Ibovespa recuava mais de 3% e o dólar subia mais de 3%.

Em gráficos: confira as tarifas impostas pelos EUA aos diferentes países


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