Preocupar-se com a saúde mental dos colaboradores deve ir além de ações no Setembro Amarelo.

Preocupar-se com a saúde mental dos colaboradores deve ir além de ações no Setembro Amarelo.

Nossa vida não se resume à nossa profissão ou ao nosso trabalho, porém é no ambiente de trabalho que passamos a maior parte de nossas vidas, dos nossos anos, meses e dias. Por isso, ter atenção especial à saúde mental e ao bem-estar dos colaboradores e prestadores de serviço não deve ser apenas um evento anual, no mês do setembro amarelo, mas sim fazer parte da própria cultura da empresa. 

Muitas organizações investem verdadeiras fortunas para tornar a equipe mais motivada, mais produtiva, “positiva”, palestras para mostrar a importância da saúde mental e por aí vai. Porém, poucas empresas possuem um olhar para o acolhimento de seus colaboradores. Vivemos tempos extremamente difíceis mentalmente, o Brasil, por exemplo, de acordo com a OMS, é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo. Nesse contexto, o ambiente corporativo, junto com outros elementos, é um importante fator estressante e que contribui para essa situação.  

Preocupar-se com a saúde mental dos colaboradores vai muito além de oferecer um bom plano de saúde para tratamento ou de palestras para tratar do assunto, é também orientar e capacitar líderes e gestores para acolher os colaboradores com problemas relacionados à saúde mental e saber lidar com situações que colocam os colaboradores em situações de fragilidade.

Evidente que líderes e gestores não farão, e não devem, fazer o papel de psicológicos e profissionais especializados para tratar da questão, mas devem ter inteligência emocional para lidar com o colaborador ou equipe que se encontre nessa situação. A inteligência emocional não deve servir apenas para melhorar a produtividade ou desempenho do gestor, deve permitir que o mesmo desenvolva ferramentas para o acolhimento e a escuta dos profissionais que lutam contra as consequências das doenças mentais em suas vidas e seus trabalhos.

Portanto, é importante que as empresas tenham um novo olhar para o problema da saúde mental e como essa questão é abordada e acolhida dentro da organização. A saúde mental não afeta apenas a produtividade do colaborador, ela pode afetar questões de compliance da organização relacionadas a condutas e comportamentos de colaboradores e gestores, tais como suborno, discriminação e assédio.

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