O Seguro de Vida e a sua importância

ALLY SEGUROS· SEGUNDA, 5 DE FEVEREIRO DE 2018

Acredito que vale a pena relatar um pouco de um Seguro tão falado, muito comentado, pouco comprado, com muitos “tabus" e com uma longa trajetória. Estamos falando do seguro que garante o ativo mais valioso - a nossa VIDA, isso mesmo, o Seguro de Vida, já existia na Idade Média, os livros do mercador Florentino Bernardo Cambi contém referências ao seguro de um Papa (Nicolau V), do Dodge de Veneza e do rei de Aragão (Afonso V), na verdade todas as formas de seguro, incluindo até os seguros marítimos mais sofisticados eram para a época uma forma de jogos de azar, pois ainda não existia uma base teórica ou muito menos atuariais adequadas para avaliação e precificação ou se quer, uma elaboração das atuais tábuas atuariais.

Foi quando em uma extraordinária investida de inovação por volta de 1660 uma base teórica começou a ser criada, iniciando algumas rupturas cruciais em termos e princípios que utilizamos e nos baseamos até hoje:

- Probabilidade: o medo do dano deve ser proporcional não meramente a gravidade do dano, mas também a probabilidade do evento.

- Expectativa de Vida: o desafio de buscar e estimar a possibilidade de se morrer de uma determinada causa, tomando como base as estatísticas oficiais, dados estes que mais tarde seriam as pedras fundamentais da matemática atuarial.

- Certeza: sob circunstâncias similares, a ocorrência ou não de um evento no futuro seguiram o mesmo padrão que foi observado no passado, tomo a liberdade e audácia de atestar que esta “lei” tem sido adotada como prática em quase todos os ramos de seguro, bastando olhar o histórico de cada segmento ou atividade e conseguirmos efetuar um filtro mais apurado.

- Distribuição Normal: todo e qualquer processo repetido produz irregularidades, ou seja, a distribuição normal de qualquer resultado estão dentro de um desvio padrão .

- Interferência: a utilidade esperada de um evento sempre será multiplicada pelo seu pagamento recebido no caso daquele evento.

Acredito que fique claro, que não foram os comerciantes, mas os matemáticos os verdadeiros progenitores do seguro moderno.

Como deve ter sido percebido, com este tipo de informação é composto cada tipo de seguro, pois muitos acreditam que os preços praticados pelas companhias Seguradoras são simplesmente aleatórios e não contém um embasamento teórico ou atuarial. Lembrando, que atualmente temos outros mecanismos que garantem e geram tranquilidade para todos os corretores e consumidores de seguros, chamados de "Contratos de Resseguros" (tema que iremos abordar em outro artigo), os órgãos reguladores, e as exigências que as companhias Seguradoras devem seguir com relação as suas reservas e demais procedimentos atuariais.

Trazendo para a atualidade do Seguro de Vida, temos seguros que oferecem ao segurado proteção de seus dependentes em doenças graves, morte acidental, morte natural, antecipação em caso de doenças terminais, seguros de vida resgatáveis, garantias para todos os tipos de invalidez, seja ela por doença ou por acidente, extensiva a familiares e assim por diante, ou seja, o seguro de vida “moderno" deve ser customizado, modelado, para cada cliente, conforme sua expectativa, seu rendimento e principalmente seus princípios e conceitos de vida.

É correto afirmar no sentido mais filosófico e mais sentimental que uma das maiores provas de amor que pode ser realizada para alguém, ou de alguém para alguma família é um Seguro de Vida, pois fica claro que um pensamento de futuro ocorreu, pensamento este na continuidade do nível familiar, na educação dos filhos, na preservação do patrimônio e no conforto do cônjuge, ou até mesmo é correto afirmar na continuidade e perpetuação de muitos planos e sonhos que foram construídos pelo casal em vários momentos da vida a dois.

Alexandre Bueno Bertuol - Corretor de Seguros

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