A dificuldade de se lidar com o Seguro
Estou agora há pouco mais de um ano no Ramo de Seguros e já vivenciei algumas situações que se repetem, sobretudo na relação das pessoas com o seguro.
Talvez por sermos um país de sangue latino, somos muito passionais e encaramos tudo com muita emoção. E na minha opinião isto não é bom. Vejamos esta nossa relação com o Seguro.
A maioria das pessoas que possuem seguro, tem seguro de automóvel. Porque no trânsito caótico de nossas cidades, elas sabem que é importante na preservação de seu patrimônio diante de custos inesperados. O carro está protegido, mas e as pessoas?!
As pessoas...:
"- Não vou deixar dinheiro para o Ricardão!";
"- Não vou deixar minha esposa, viúva e rica!";
"- Seguro é dinheiro jogado fora!";
E a que resume tudo, num país católico e sem instrução: "- Deus dá, Deus cria!".
Quantas vezes já não ouvimos ou mesmo dissemos estas barbaridades? Ora, vamos deixar as paixões de lado e falarmos de seguro seriamente. Vamos usar o exemplo do carro acima. O seguro vai consertá-lo e quem vai consertar você? Espero que tenha um "belo" Plano ou Seguro de Saúde... Ainda assim e os outros?
O Seguro é o meio mais barato de se lidar com o inesperado, com o adverso. Podem acreditar. E o Seguro de Vida é para mim, um item essencial à todo pai, mãe, chefe de família ou numa linguagem politicamente correta, provedor de um núcleo familiar e que na área corporativa podemos chamar de núcleo produtivo.
Mas como lidamos com ele, o Seguro. O menosprezamos: em nosso planejamento, visão de futuro, como ferramenta de proteção. Lidamos com ele de maneira passional, nos incomoda falar sobre seguro, trazê-lo para a discussão de nossas vidas. Vidas, talvez seja por isto que nos incomodamos, não queremos encarar o fato de sermos todos finitos, de nascermos, crescermos e morrermos. Que coisa chata é o Seguro!
Então tomamos as seguintes atitudes:
- não lidamos com ele, o desprezamos, não precisamos dele, vamos viver para sempre!
- ou temos o que a empresa nos dá e está muito bom (mas se você sair da empresa...);
- ou contratamos um que o Gerente do Banco nos ofereceu, como a melhor solução do mundo;
- ou ainda, contratamos de um Corretor, ou um "Life Planner", que nos prometeu junto com o seguro uma "espécie" de Previdência.
E não queremos mais tratar sobre este assunto, aliás, nunca tratamos! Não temos tempo pra isto! Somos pessoas ocupadas, com assuntos mais sérios para resolvermos. E quando contratamos, foi sempre alguém que nos trouxe uma solução, que nos apresentou algo do que existe de melhor, de maneira rápida para não gastar o nosso precioso tempo. É só assinar... e assinamos! Pronto, questão resolvida, agora saia daqui pois preciso trabalhar, planejar a reforma ou a compra do apartamento novo, mudança de carro, filho que vai nascer, férias que estão para chegar.
Parabéns, você completou o "Círculo Vicioso" do Seguro! Agora vamos tentar ver esta questão sem pressa, correria, preconceito e paixão. Primeiro passo: tenha tempo para isto! Se organize, priorize parte do seu tempo para esta questão. E pense, entenda e reflita bem para o que você vai adquirir um Seguro. É simples: para manter o padrão de vida da minha família, para me precaver em caso de algum acidente comigo, para me ajudar em um tratamento de saúde, para resguardar meu patrimônio, manter o meu negócio...
Priorize o que é mais importante para você e para os seus. Se você já tem Seguro, entenda o que você tem, se as coberturas são as que você precisa e se os valores estão de acordo com a sua situação atual. E chame um Corretor para tratar com ele este assunto, no seu tempo, nas suas condições. Esclareça com o mesmo todas as suas dúvidas, por mais bobas que possam parecer. Quando receber uma proposta, leia-a, inclusive as Condições Gerais do Seguro e esclareça as novas dúvidas que surgirão. E programe-se para, periodicamente rever e adequar seus seguros à sua nova situação. Da mesma forma que você programa suas férias, planeja a troca do carro ou da casa, incorpore o Seguro na sua vida!
Diretor Executivo e Consultor no setor de Seguros | Membro da ANSP | Coordenador, Professor e Conteudista na FGV Conhecimento | Profundo conhecedor das operações de seguros em 360º | 30 anos de experiência no setor.
7 aHélcio, belo texto e relato de um assunto crítico e ainda distante do processo cultural, especialmente do Brasileiro. Trabalho com seguros há mais de 25 anos e observo consideráveis avanços, mas tenho plena convicção de que ainda há muito a ser feito. O querido amigo Alberto foi muito feliz em seu comentário. Um abraço,
Especialista em Governança Corporativa, Controles Internos, Compliance e Corretor de Seguros
7 aHélcio, excelente abordagem. Além dos pontos comentados, o mercado segurador é um importante formador de poupança para economia nacional. infelizmente seguro é cultura! Felizmente há um imenso mercado para ser explorado!
CEO na Qualisaude. Conselheiro e Investidor em empresas de Saúde
7 aParabéns pelo texto!
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7 aHelcio, Gostei muito do conteúdo e me fez refletir. Obrigado e falamos em breve. Obrigado
CEO & Founder VALENTE Seguros e Previdência
7 aIsso aí Hélcio Freitas!!! Não conheço ninguém nessa vida que quebrou por fazer seguro, porém conheço várias pessoas que passaram apertos financeiros pela falta de proteção !!!!