O mercado hoje, 03/10/2019
ÁSIA: A cautela predominou no mercado asiático, depois das pesadas perdas em Wall Street na sessão anterior, na esteira de novas preocupações com a desaceleração econômica. Mercados chineses e sul coreanos permaneceram fechados por conta de feriados locais, enquanto na japão e na Austrália as perdas superaram a queda de 2%. A exceção na região foram os mercados de Hong Kong, que reverteram as perdas iniciais para encerrar o dia com alta de 0.26% em meio a relatos da mídia local de que as autoridades da cidade devem proibir máscaras em manifestações por meio de uma lei de emergência. As vendas no varejo de Hong Kong em agosto caíram para o nível mais baixo já registrado, em meio aos prolongados protestos na cidade que duram meses.
EUROPA: Mercados europeus iniciam a sessão de quinta-feira sob pressão, depois que os EUA anunciaram imposição de tarifas sobre as exportações da União Europeia. A Organização Mundial do Comércio (OMC) concedeu permissão aos EUA para tributar até US $ 7,5 bilhões em exportações europeias anualmente na quarta-feira. Washington vai impor taxas de 10% aos aviões da Airbus e 25% sobre o vinho francês, uísques irlandeses e escoceses e queijo de todo o continente, que entrarão em vigor a partir de 18 de outubro. Os fabricantes da UE já enfrentam impostos sobre aço e alumínio da UE e uma ameaça de Trump de penalizar carros e autopeças da UE. A perspectiva da UE responder na mesma moeda aos produtos dos EUA provavelmente alimentará preocupações sobre a desaceleração do crescimento global. A ação aumenta os conflitos que o governo Trump trava em todo o mundo, enquanto tenta fazer com que os principais parceiros comerciais mudarem suas práticas. A leitura final do PMI de serviços da zona do euro para setembro foi revisada para 51,6, em relação à leitura inicial de 52,6. O PMI de serviços do Reino Unido caiu para o território de contração, passando de 50,5 para 49,6. O PMI de serviços da Espanha mostrou que seu setor de serviços cresceu em ritmo mais lento em setembro, esfriando em relação à alta de cinco meses de agosto, chegando a 53,3, ante 54,3. Números acima de 50 indicam crescimento. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson levará seu novo plano para o Brexit ao Parlamento nesta quinta-feira, um dia após apresentar à União Europeia. Johnson é esperado na Câmara dos Comuns para explicar o plano aos legisladores do Reino Unido, que contém grandes mudanças nos acordos propostos que regulariam o comércio entre a Irlanda e a Irlanda do Norte após o Brexit. Johnson insiste que a Grã-Bretanha deixará a União Europeia em 31 de outubro com ou sem um acordo, mas o Parlamento aprovou uma lei exigindo que ele busque uma extensão se nenhum acordo for alcançado. A posição de Johnson é tênue porque ele não tem maioria no Parlamento.
EUA: uturos dos EUA apontam para recuperação em Wall Street nesta quinta-feira, após uma queda de 800 pontos nas últimas duas sessões, com a liquidação começando com os dados fracos da manufatura na terça-feira, enquanto alguns analistas sugeriram que a prolongada guerra comercial entre os EUA e a China está começando a impactar sobre a economia americana. As delegações de Washington e Pequim devem se reunir na próxima semana, na esperança de encontrar um consenso. A Casa Branca decidiu tarifar os aviões da Airbus, os vinhos franceses, uísques escoceses e irlandeses, além de queijo de todo o continente. A OMC deu veredito a favor dos EUA após anos de discussões sobre subsídios do governo europeu à fabricante de aviões Airbus. A UE sugeriu que aplicará medidas de retaliação. Uma série de dados econômicos é esperada nesta quinta-feira. As reivindicações de desemprego para setembro serão divulgadas às 9h30 da manhã, antes dos dados finais do PMI final de serviço às 10h45. O PMI não manufatureiro do ISM, novas encomendas às fábricas, preços e números de atividades de negócios para setembro são esperados às 11h00. O vice-presidente do Fed, Randal Quarles, deve fazer um discurso às 9h30 da manhã na Cúpula da Federação Bancária Europeia, em Bruxelas.
BRASIL: Por aqui, o mercado segue acalentado pelo fato do Senado ter finalizado a aprovação da Previdência sem novas desidratações e encerrando o primeiro turno com uma economia de R$ 800 bi, e enquanto isso, o porta voz diz que o Governo não espera mais desidratações. Governo agora trabalha para evitar mudanças adicionais e Alcolumbre tenta acordo para garantir o cronograma da votação em 2º turno na próxima semana, que sem acordo, a votação ficará para a terceira semana de outubro, segundo o Senado Notícias. Entre outras noticias, fica no radar informações de que a área econômica também estaria avaliando a possibilidade de incluir as mudanças no abono salarial na chamada "PEC paralela". A proposta paralela foi costurada pelo relator da reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para propor mudanças no texto sem necessidade de a proposta principal passar por nova votação na Câmara, atrasando o cronograma. A PEC paralela deve tramitar com um delay de 20 a 30 dias em relação à principal, disse ontem Alcolumbre. Na agenda local, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (10h00). No mesmo horário, será divulgado o PMI Composto e de Serviços de setembro. O Tesouro Nacional realiza leilão de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) (11h00).
DOLAR: Pressionado, segue bem em cima de um forte suporte nos 4.135, região que se perdida abre espiral de baixa, com parada nos prometidos 4.126 dos relatórios anteriores, e abaixo dele ganha mais peso, com objetivos cada vez mais baixos, e sem paradas intermediárias significativas até os 4.090 e depois 4.063. Resistencia imediata em 4.147 e se rompido reverte a tendencia de baixa configurada no intraday, com objetivos de recuperação até os 4.160 e depois 4.172. Acoima de 4.172 volta a testar os topos anteriores na região de 4.193.