Insurtechs. Qual é a utilidade de um bebe recém-nascido?

Em referência ao brilhante Benjamin Franklin, ao ser questionado sobre a utilidade de uma de suas invenções, escolhi essa provocação para tratar de um tema tão badalado depois das iniciativas e novas regulamentações da SUSEP.

O mercado de seguros vai mudar naturalmente, em um formato similar ao que ocorreu no varejo e nos bancos, tão logo consigamos disseminar os benefícios reais aos clientes das proteções na reposição de patrimônios e das compensações para perdas.

Felizmente, as taxas de crescimento são otimistas e, por outro lado, o setor permanece com baixa penetração e distante de países com magnitude econômica similar. Segundo o divulgado pela Fenacor, pouco mais de 10% dos brasileiros possuem algum tipo de proteção e podemos elencar uma boa quantidade de motivos, mas escolhi focar em dois: Desinformação e falta de acesso.

Temos que reconhecer que o modelo de distribuição e as soluções permanecem em um formato que não irá atender as novas gerações (ou já não atendem!?!?) e os canais digitais devem disseminar a compreensão, fortalecer as relações de confiança, direcionar produtos realmente necessários e facilitar a adesão em preços abaixo dos atualmente praticados, seja por menores custos administrativos, de distribuição ou crescimento do mutualismo.

Equipamentos com alta capacidade de processamento, armazenamento e compatíveis com as novas gerações de sistemas de telecomunicações, trarão uma experiência mobile digital incomparável e as empresas que desejam entrar nesse ecossistema deverão estar preparadas para um nível de eficiência de processamento e disponibilidade compatíveis com a “ansiedade” desse “user” altamente conectado.

Vamos imaginar juntos uma oferta ou compra de seguros em 2031. Será que enviaremos mensagens ao corretor? Receberemos ligação de marketing ativo? Esperaremos algumas horas (ou dias) por uma cotação? E nem vamos falar de aviso de sinistro…

Com os argumentos anteriores, é fácil justificar que as insurtechs tornam-se fundamentais para a transformação digital do setor, trazendo modernidade, estreitando as relações de confiança, reduzindo custos e melhorando a experiência dos clientes, com o uso da tecnologia.

Como entusiasta deste setor, desejo que esses novos “bebês” do mercado sejam jovens íntegros e coroas de sucesso, unidos para deixar um legado de clientes bem atendidos e conhecedores dos benefícios de ter tudo que importa, adequadamente protegido.

“Podemos tentar evitar a realidade, mas não podemos evitar as consequências de evitar essa realidade.” - Ayn Rand