Teste cardíaco

Teste cardíaco

Sexta-feira, 11 de abril de 2025, 16h04m57s. O placar das tarifas de importação entre Estados Unidos e China está em 125% a 145%. Esse foi o resultado de dias de escalada na guerra comercial entre os dois países. Em um dos pacotes de retaliação anunciados por Pequim, até Hollywood saiu ferida: o gigante asiático vai reduzir a importação de filmes americanos. Faz sentido, a briga bem que poderia render um roteiro de filme. No fim da sexta-feira, cresceu um otimismo (ainda que cauteloso) sobre um acordo entre os dois países, mas não há nada certo por enquanto. A tensão entre as duas maiores economias do mundo é tão grande que Donald Trump deu uma colher de chá para os demais países: pausou o tarifaço por 90 dias e abriu a porta para negociar caso a caso.

Vale o disclaimer: esse texto é altamente perecível. Tudo pode mudar com uma fala ou post nas redes sociais.

Mas mais importante do que a alíquota exata que será praticada e quando ela começa a valer é analisar o cenário como um todo. Trump foi eleito nos EUA com o discurso do tarifaço, mas o mercado esperava que, na prática, a medida fosse mais branda. Por isso, a aposta era de um pouco mais de inflação do dólar, mas sem muito prejuízo na atividade econômica e até algum benefício para o setor industrial norte-americano. O que se desenha agora, no entanto, é diferente. Ainda que o presidente americano recue e reduza as tarifas, elas devem ser mais elevadas do que se esperava. O resultado pode ser uma redução na atividade econômica global. Por isso veio o medo de uma recessão.

Do lado das empresas, o tom é de espera. Até que a incerteza diminua, fica difícil prever novos investimentos ou mudanças drásticas nas cadeias produtivas.

Com o sobe e desce tarifário e o noticiário fervendo, acompanhar os principais índices acionários do globo foi um teste de coração. O Ibovespa B3 variou dos 122 mil aos e 128 mil pontos nos últimos dias – e caminha para encerrar a semana em queda branda de 0,70%, se comparado com o fechamento da última sexta-feira. O S&P 500 acumula alta de mais de 6% na semana. O Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia listadas nos EUA, chegou a ter a maior valorização diária desde 2001, e termina a semana em alta superior a 9%. O Dow Jones, que mede o desempenho das ações industriais, encerra a semana em alta de 4%.

Podemos pedir mais um minuto da sua atenção para falar sobre o que acontece na economia brasileira?

A sexta-feira trouxe indicadores importantes e que merecem destaque – ainda que no fim desse resumo semanal. A inflação medida pelo IPCA desacelerou para 0,56% em março, mas veio acima do que o mercado esperava. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,48% – maior patamar desde fevereiro de 2023 (5,60%).

Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como a prévia do PIB, registrou alta de 0,4% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Esses dois números serão observados com atenção pelo Copom, que se reúne no começo de maio para mais uma decisão sobre a Selic. Mas isso é tema para as próximas semanas.

Em gráficos: índice S&P/B3 Ibovespa VIX, que mede a volatilidade do Ibovespa B3, dispara com guerra comercial


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Em meio ao sobe e desce da bolsa e às notícias sobre o tarifaço, há investidores que tentam entender o que a tensão comercial trazida pelo presidente americano Donald Trump pode trazer de perspectivas de médio e longo prazo para os setores representados na B3. Na avaliação de gestores de renda variável ouvidos pelo Bora Investir, apesar do cenário difícil, o agronegócio brasileiro pode sair ganhando. Confira a matéria:


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Em momentos como essa semana, é importante que os investidores evitem o pânico. Manter a calma e evitar decisões impulsivas é essencial. O ideal é seguir uma estratégia bem definida para passar por períodos turbulentos e fazer apenas ajustes pontuais na carteira. Veja as dicas de o que fazer com seus investimentos


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O início de 2025 foi promissor para os investidores que possuem fundos imobiliários (FIIs) em suas carteiras. De janeiro até 7 de abril, o IFIX B3 (principal índice do segmento na B3) acumula alta de 4,08%. Entre os dez FIIs que mais renderam no primeiro trimestre, todos tiveram um rendimento acima dos 20%.


As mais lidas da semana (e aquelas que merecem uma segunda chance) 🥵


Coluna da semana

Por Itaú Asset


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Núbia Silva

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