“Cuidem da democracia quando eu cá já não estiver".
Esta é uma das frases marcantes da nova campanha que apela ao voto para o Parlamento Europeu, nas eleições que decorrem entre 6 e 9 de Junho.
Sustentada pelo slogan “USA O TEU VOTO. OU OUTROS DECIDIRÃO POR TI”, a ação procura mostrar aos jovens a importância de participarem ativamente na democracia.
Dirigindo-se ao eleitorado por interposta pessoa, a campanha utiliza os testemunhos dos mais velhos para criar uma ligação humanizada entre o Parlamento Europeu e o eleitorado e tornando, assim, a mensagem mais íntima e envolvente.
É particularmente comovente o testemunho de Monique Maugas-Bauzou, quando diz: “Sabes, Robin, não devia estar aqui". É desta forma que a francesa relembra o dia em que a sua infância terminou, quando a mãe foi assassinada à sua frente durante a ocupação nazi.
Ao longo do vídeo seguem-se outros testemunhos de diversos cidadãos de países da União Europeia, que partilham as suas histórias antes da democracia ou discorrem sobre a sua a vida em países europeus que enfrentam conflitos armados ou com limites à liberdade.
Recomendados pelo LinkedIn
A busca pela emoção é o objetivo central. Com uma estratégia simples: criar uma ligação emocional com o eleitorado e despertar sentimentos de empatia e compaixão pelas narrativas apresentadas. Entende-se que emoções são fundamentais na formação de opiniões e comportamentos, e, por isso, são uma ferramenta poderosa para motivar a ação.
A estratégia vai para além do digital. Ao longo do último mês temos assistido a uma ação alargada de eventos mediáticos, campanhas de sensibilização digital e programas educativos dirigidos aos cidadãos da UE.
O Parlamento Europeu disponibilizou ainda um website - “USA O TEU VOTO. OU OUTROS DECIDIRÃO POR TI", com todas as informações sobre as eleições de junho. Entre as várias funcionalidades, o utilizador pode inscrever-se para receber lembretes para a ida às urnas, uma explicação sobre a campanha e outros materiais.
A campanha do Parlamento Europeu é um bom exemplo de como a comunicação pode envolver os eleitores.