Covid

A reflexão aqui não é para causar algum tipo de medo ou pânico, mas apenas para compartilhar minha experiência e para evitar, se possível, que outras pessoas passem pelo mesmo.

Como profissional de saúde, estava respeitando todas as recomendações de isolamento social, uso de máscaras e trabalhando por meio de telemedicina. Mesmo assim, testei positivo para a Covid-19. 

Comecei com um quadro de dor de cabeça, algo muito incomum para mim e, após alguns dias sem melhora, resolvi fazer o teste.

Sem fatores de risco, procurei orientação médica e segui em casa. No oitavo dia, a oxigenação do sangue estava no limite da normalidade e fui tomado por uma ansiedade sem precedentes, uma angústia com o minuto seguinte.

Resultado: 8 dias de internação hospitalar e acometimento nos dois pulmões, típico da doença. Felizmente, tive a benção de ter sido tratado de forma precoce e de ter recebido muita, mas muita atenção. Certamente a atenção cura e o resto complementa.

Família, amigos, pacientes, e em especial, a equipe toda do Hospital, da limpeza aos médicos foram responsáveis pela minha recuperação.

A Covid-19 afeta não só nosso corpo, mas atinge profundamente o nosso emocional. E a vida segue nos ensinando... Com todo o apoio que recebi, experimentei a jornada com a visão do paciente e saio mais forte, mais preparado e com meu compromisso renovado!

Minha lista de agradecimento seria bem maior do que este texto, então não vou nomear todos aqui, mas cada um sabe da importância que teve e do quanto poderá contar comigo. Destaco o meu obrigado à minha esposa Joana, meus filhos Antonio e Joaquim e minha mãe e irmã, à Dra Elnara Negri e sua equipe e aos profissionais do Hospital Sírio-Libanês.

A quem estiver lendo este texto, leve a sério todos os cuidados! É uma doença individual, mas que afeta o coletivo. Estatísticas valem pouco quando a exceção tem nome e sobrenome. Em breve, vai passar... Espero que a oportunidade nos faça melhores e, a quem eu puder ajudar de alguma forma, conte comigo!