Saia da sua zona de conforto. Será?
Calma, calma! Eu não vim trazer polêmica nessa postagem. Se a zona de conforto não te traz desafios que te façam crescer como profissional, saia mesmo (e saia logo!)
Mas nem sempre a zona de conforto é assim “confortável” e tem um monte de gente usando essa frase de forma equivocada e tirando bons profissionais de uma “pseudo zona de conforto”.
Eu me lembro de uma vez, durante uma auditoria de manutenção, fui conversar com um técnico de uma das funções mais “punks” da manutenção: o técnico de turno. Se tem um lugar que não tem zona de conforto, é aí. E, infelizmente, dentro da Organização da Manutenção, essa é a função menos prestigiada, apesar de ser extremamente relevante.
Lembro de perguntar para ele como funcionava o processo de Execução da Manutenção, o atendimento às emergências e às OS’s não programadas. Recordo de vê-lo falar com entusiasmo. Você via que, apesar das dificuldades dessa função, ele gostava do que fazia e falava com muita propriedade sobre como realizava o primeiro atendimento, buscava trazer soluções para os equipamentos e que contribuíam com a diminuição do MTTR.
E aqui está o ponto crucial: na organização da manutenção, há funções em que não há zona de conforto e nessas, mais críticas, como a de Execução, que é menos prestigiada, é preciso FORMAR e MANTER bons profissionais.
Há pessoas que gostam e vibram com isso: desvendar a falha, atender no menor tempo possível, desmontar, montar, suar a camisa e voltar com o equipamento à operação e que não se sentem bem em outras funções, mas que nessas, dão o sangue e sentem a satisfação e o propósito em suas carreiras. E tá tudo bem!
Não dá pra sair por aí usando a desculpinha de sair da zona de conforto com a intenção de tirar ótimos profissionais de suas funções, achando que está ajudando sua carreira.
É preciso valorizar essas funções menos prestigiadas!
Esse erro pode matar bons profissionais que tem perfil para isso e ainda causar graves problemas na gestão da manutenção, como aumento do tempo médio para reparo e até a inserção de novas falhas por profissionais menos capacitados.
Existe o cara com o perfil para Inspecionar, existe o Planejador, existe o Analista, e existe o Executante (e acredite, o Executante não tem zona de conforto!)
Cabe ao gestor analisar sua equipe, identificar cada perfil e extrair de cada um o que eles melhor podem oferecer dentro do gerenciamento da manutenção. Se cada um trabalhar em sua função, dentro de seu perfil, os resultados para o negócio serão fluidos e positivos!
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Gestor de Manutençõa
3 mObrigada