Pela primeira vez na história, a segurança pública das favelas foi tema de um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a partir da ADPF 635, conhecida como a ADPF das Favelas. A ação, que busca reduzir a letalidade das ações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro, foi proposta em novembro de 2019, e o julgamento retomado no STF em abril deste ano. Em reportagem do Portal Lunetas, organizações e moradores de comunidades do Rio de Janeiro falam sobre os pontos positivos e negativos da decisão do STF nessa ADPF, no dia 3 de abril. Para a diretora fundadora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva, o resultado do julgamento da ADPF das Favelas traz um avanço significativo. A partir de agora, será necessário o controle da ação do Estado durante e depois das operações policiais. Portanto, isso requer a obrigação de produção de dados e o monitoramento do Ministério Público. “Para nós, moradores de favelas, o resultado da ADPF 635 significa o reconhecimento do direito à segurança pública para todas as pessoas, independente do seu CEP de moradia”, avalia Eliana. Já outras organizações, como o Instituto da População Negra, veem o desfecho no STF como uma vitória política, mas uma derrota jurídica. “Vitória política, porque, do ponto de vista da luta coletiva, tudo o que foi construído ficará na história”, afirma Djeff Amadeus, advogado do Instituto de Defesa da População Negra (IDPN). Segundo os especialistas que atuaram como amici curiae no processo, o principal desafio, a partir de agora, será acompanhar a implementação e o cumprimento das medidas determinadas pelo STF; Leia a reportagem na íntegra: https://lnkd.in/eKRpvzrv (editado)
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Somos uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é "honrar a criança". Fazemos um trabalho nacional de advocacy com foco em questões sensíveis para a vivência plena da infância e nos estruturamos a partir de quatro eixos: comunicação, educação, relações governamentais e ações jurídicas. Atuamos por meio de programas e plataformas, que podem ser acessados em www.alana.org.br.
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Líder em Estratégia e Implementação de Projetos | Impacto Social e Sustentabilidade | Articulação e Alianças Estratégicas | Filantropia | Em Jornada…
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Marcos Nisti
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Camila Hessel
Creative Strategist | Content Ecosystems Specialist
Atualizações
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Em vigor desde 2008, a Lei 11.645 determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros em todas as escolas, públicas e privadas, do país. Mais do que um conteúdo curricular, essa é uma diretriz que reconhece a importância da diversidade na formação social brasileira e busca reparar silenciamentos históricos impostos a essas populações. Ao tornar esses conhecimentos parte da formação básica de crianças e adolescentes, a lei representa um avanço na construção de uma educação comprometida com a equidade. No entanto, quase duas décadas depois, o que se observa é uma implementação insuficiente e desigual dessa política. Ainda faltam materiais didáticos produzidos com participação de autores e lideranças indígenas, formações específicas para os educadores e estrutura para que esse ensino aconteça de forma contínua e robusta. Soma-se a isso a resistência de parte da sociedade em reconhecer o valor dessa cultura e história como parte integrante da identidade nacional. Valorizar os povos originários é romper com a lógica que os coloca apenas no passado, como se fossem distantes. É reconhecer a potência de suas culturas, línguas, formas de organização social, e também sua atuação política, acadêmica, econômica, artística e ambiental no presente. É entender que os povos indígenas seguem existindo e resistindo — e que conhecer suas trajetórias é essencial para formar cidadãos conscientes e comprometidos com a justiça social. Confira no carrossel personalidades indígenas que marcaram — e seguem marcando — a história do Brasil.
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As mudanças climáticas impõem desafios urgentes à sociedade, e seus impactos sobre a primeira infância ainda são pouco considerados nas políticas públicas. Crianças pequenas são particularmente vulneráveis aos efeitos do calor extremo, da poluição, das enchentes e da insegurança alimentar — elementos que comprometem a saúde, o desenvolvimento cognitivo e emocional, e as oportunidades de aprendizagem e bem-estar. Um artigo do Nexo Jornal, escrito por Jorge Cuartas, professor assistente do Departamento de Psicologia Aplicada da NYU Steinhardt e traduzido por Maria Lidiane Rodrigues do DRCLAS-Harvard, Brazil Office, reúne evidências relevantes sobre esses impactos, com base em dados como os do Unicef, que estima que 99% das crianças no mundo enfrentam ao menos um risco climático, e quase metade está exposta a riscos extremamente altos. Os dados reforçam a urgência de políticas climáticas que levem em conta as especificidades do desenvolvimento infantil. Em linha com esse debate, o estudo “O Acesso ao Verde e a Resiliência Climática nas Escolas das Capitais Brasileiras”, do Instituto Alana com base em dados do MapBiomas, aponta que 44% das unidades de educação infantil nas capitais do país não possuem nenhuma área verde. A ampliação dessas áreas, além de garantir conforto térmico às crianças, aumenta o número de meninas e meninos com acesso diário à natureza — um fator decisivo para sua saúde e bem-estar. Embora esse dado não esteja no artigo do Nexo, ele reforça a urgência de integrar ações climáticas à agenda da educação. Clique no link para entender por que o debate sobre clima e primeira infância precisa ganhar centralidade nas políticas públicas. https://lnkd.in/dR9i6AUz
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A repercussão da minissérie Adolescência, da Netflix, tem promovido discussões sobre a influência das redes sociais na formação de identidade dos adolescentes – e como discursos de ódio e misoginia têm sido naturalizados nesse ambiente. O que antes parecia um comportamento isolado, hoje se espalha com uma velocidade preocupante. Modos de agir que pareciam ultrapassados voltaram a circular com força entre os jovens. De forma cada vez mais comum, eles falam em "valores femininos" e "valores masculinos", defendem que homens devem ser fortes, líderes e provedores, enquanto mulheres seriam emocionais e cuidadoras. De repente, frases prontas sobre "o papel do homem" ganham força – e o feminismo vira alvo de desprezo. Para entender como esses discursos alcançam adolescentes, o Núcleo Jornalismo e o Instituto AzMina fizeram um monitoramento inédito. Durante dois meses, criaram perfis fictícios de jovens de 14 e 15 anos no TikTok. No início, os vídeos recebidos eram sobre tecnologia e comida. Mas, à medida que os usuários interagiam com postagens motivacionais e religiosas, passaram a ser expostos a conteúdos de extrema direita, desinformação política e discursos que reforçam estereótipos de gênero. Educadores, famílias, sociedade e governo: todos têm um papel fundamental na proteção de crianças e adolescentes. O diálogo constante e o monitoramento das atividades online são essenciais, mas não podemos esquecer que essa é uma batalha desigual. Sem a regulação das plataformas digitais, é quase impossível frear a escalada de conteúdos tóxicos que moldam visões de mundo, distorcem valores e influenciam comportamentos. Os algoritmos amplificam aquilo que engaja – e muitas vezes, o que engaja é justamente o que desinforma, radicaliza e prejudica. As big techs lucram com esse ciclo, mesmo quando ele atinge diretamente o desenvolvimento emocional, social e cognitivo de milhões de jovens. Proteger essa geração exige enfrentar a raiz do problema: responsabilizar as plataformas que alimentam e se beneficiam da propagação de discursos perigosos. Leia a matéria completa em: https://lnkd.in/d2Cjm8MU UOL
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Crescemos ouvindo que política não é assunto de criança — mas é justamente na infância que começamos a formar a consciência crítica, a capacidade de escuta, o senso de justiça e o olhar para o coletivo. E quando pensamos que decisões políticas estão por trás de quase tudo que impacta a vida das crianças — da qualidade da educação ao acesso à saúde, à moradia e à alimentação — fica evidente que esse é, sim, um tema que diz respeito a elas. Ainda mais quando falamos de crianças em situação de vulnerabilidade. Crianças negras, indígenas, com deficiência, meninas e aquelas que vivem em territórios periféricos enfrentam barreiras históricas para ter seus direitos garantidos. A ausência de políticas públicas eficazes aprofunda desigualdades, enquanto políticas comprometidas com a inclusão e a equidade podem transformar realidades e garantir dignidade desde os primeiros anos de vida. Falar sobre política com as crianças é, portanto, um passo importante na construção de uma sociedade mais justa — onde todas e todos possam participar, propor e transformar. E isso pode começar pela leitura. O Portal Lunetas selecionou cinco livros infantis que ajudam a introduzir o tema com sensibilidade e profundidade, respeitando a inteligência das crianças e estimulando o diálogo com famílias, educadores e mediadores de leitura. Arraste o carrossel e conheça as indicações.
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Nas últimas semanas, a série Adolescência, da Netflix, tem fomentado o debate sobre a influência das plataformas digitais na vida dos adolescentes. A produção retrata como conteúdos misóginos e discursos de ódio circulam com naturalidade entre os jovens, revelando um cenário em que meninos constroem sua visão de mundo a partir do que é sugerido por algoritmos – frequentemente sem que os adultos saibam ou compreendam o que está sendo consumido. Essa realidade escancara um desequilíbrio perigoso, como alerta Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, em entrevista à editoria Byte, do Portal Terra: “É importante que fique explícito e claro que não dá para colocar na mesma simetria o poder de famílias e das empresas de tecnologia. Por mais presentes que sejam, os familiares ocupam um lugar muito inferior e impotente em comparação com o poder dessas big techs”, afirma. A ausência de uma regulação efetiva das empresas de tecnologia, aliada a algoritmos que favorecem a disseminação de conteúdos prejudiciais, expõe crianças e adolescentes a riscos significativos, como violência, cyberbullying e discursos de ódio – muitas vezes sem qualquer possibilidade de supervisão adequada. Diante desse cenário, é fundamental reconhecer que a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital não pode ser atribuída exclusivamente às famílias. Trata-se de uma responsabilidade compartilhada. Enquanto as plataformas digitais não assumirem seu papel nesse processo, o desafio seguirá sendo estruturalmente desigual. Acesse a matéria no Portal Terra: https://lnkd.in/d3AZVuhq
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Medo de não ir bem na prova, pressão para fazer amigos, mudanças físicas, emocionais e um cérebro ainda em desenvolvimento. Ser criança já é, por si só, um desafio. Mas hoje, soma-se a isso um fator adicional: o excesso de estímulos, impulsionado pelo uso constante de telas e pela apreensão diante de um futuro ameaçado pelas mudanças climáticas. O Portal Lunetas conversou com especialistas e famílias para entender o que está por trás de um dado alarmante – e como famílias e escolas podem ajudar. Entre 2013 e 2023, os casos de transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes ultrapassaram os registros em adultos no SUS, segundo a Rede de Atenção Psicossocial. O crescimento chama atenção: entre crianças de 10 a 14 anos, os atendimentos aumentaram 1.575%. Entre 2015 e 2024, foram registrados 65.789 procedimentos clínicos ambulatoriais relacionados à ansiedade em adolescentes com idade inferior a 17 anos. É importante pontuar: algum grau de ansiedade é normal. Trata-se de uma resposta natural do cérebro a situações do ambiente – como uma espera ou um desafio pontual. Mas quando o sentimento persiste, sem causa definida e com sofrimento evidente, é hora de ligar o alerta. Segundo o psicólogo Alexandre Coimbra, autor de "Toda Ansiedade merece um Abraço", é essencial que as famílias observem o tempo de brincadeira, o contato com a natureza, a qualidade do sono e o uso de telas. Já a psicóloga infantil Fernanda Dantas alerta que o uso excessivo de eletrônicos pode gerar ansiedade, agressividade e sensação de incapacidade diante de atividades cotidianas. "Quando as telas são retiradas e a criança tem que executar uma brincadeira, tarefa ou ação cotidiana, como comer, pode não se sentir apta ou capaz, gerando frustração e insegurança. Assim, podem surgir sintomas ansiosos.” Para a psicóloga Êdela Nicoletti, diretora do Centro Veda, é urgente normalizar o diálogo sobre saúde mental nos espaços escolares e familiares, com a presença efetiva de profissionais especializados. “Essa é uma questão não apenas de saúde, mas de equidade”, afirma. Garantir redes de apoio sólidas e políticas públicas comprometidas é fundamental. Afinal, muitas crianças em situação de vulnerabilidade têm na escola seu único espaço de acolhimento. Leia a matéria completa no link. https://lnkd.in/dBMVRrAU